GESTÃO DESASTROSA
São Paulo – O Brasil segue com média acima das mil mortes por dia decorrente da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.141 vítimas, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com o acréscimo, já são 54.971 brasileiros mortos pela doença desde o início da pandemia. O número de infectados também cresce e a curva de contágio segue em alta.
Em um dia, foram registrados 39.483 novos doentes, em um total de 1.228.114. O Brasil é o segundo país mais afetado pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, tanto em número de mortos quanto de infectados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Brasil como epicentro do novo coronavírus, posto que já dura mais de duas semanas. A pandemia segue descontrolada no país, como também informa o Imperial College, da Inglaterra – um dos maiores centros de pesquisas em epidemias do mundo.
Entidades nacionais entendem da mesma forma. Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisam a pandemia como intensa, com tendências imprevisíveis. Enquanto isso, governadores e prefeitos preferem falar, e promover, o relaxamento de medidas de proteção à população.
Sem a cautela devida, muitas cidades passam a ver explodir os números referentes ao novo coronavírus. A sinalização de um suposto controle fez com que os cidadãos deixassem em massa o isolamento social. Shoppings abertos com filas e praias lotadas resultam em uma retomada da pandemia.
Já no âmbito federal, a situação é ainda mais grave. O presidente, Jair Bolsonaro, desde o início da pandemia, ridicularizou o vírus. Chegou a chamar de “gripezinha” e apostou que a covid-19 mataria menos de 800 pessoas, número de vítimas da cepa viral da gripe H1N1.
Ontem (24), o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um relatório que denuncia a falta de diretrizes do governo federal contra a pandemia. O documento mostra que as ações da cúpula bolsonarista estimula mortes, infecções e também desperdiça dinheiro público.
Assinado pelo ministro Vital do Rêgo, o relatório mostra a importância dos governadores para amenizar a ingerência federal. “Devido à inexistência de mecanismos para orientar e negociar com os entes federativos, setor privado e organismos não-governamentais poderão ocorrer atrasos no atendimento das demandas dos estados e municípios, adoção de ações desarticuladas e inadequadas no combate à pandemia e nas medidas de distanciamento social ou relaxamento resultando em aumento descontrolado no número de infectados e óbitos”, afirma.
Ante 54.971 mortos e 1.228.114 infectados desde março, governo cumpre papel desastroso, avalia o Tribunal de Contas da União
Por Gabriel Valery, da RBASem a cautela devida, muitas cidades passam a ver explodir os números referentes ao novo coronavírus Mateus Pereira/GOVBA |
São Paulo – O Brasil segue com média acima das mil mortes por dia decorrente da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.141 vítimas, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com o acréscimo, já são 54.971 brasileiros mortos pela doença desde o início da pandemia. O número de infectados também cresce e a curva de contágio segue em alta.
Números consolidados pelo Conass, que reúne dados dos 26 estados e do Distrito Federal |
Em um dia, foram registrados 39.483 novos doentes, em um total de 1.228.114. O Brasil é o segundo país mais afetado pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, tanto em número de mortos quanto de infectados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Brasil como epicentro do novo coronavírus, posto que já dura mais de duas semanas. A pandemia segue descontrolada no país, como também informa o Imperial College, da Inglaterra – um dos maiores centros de pesquisas em epidemias do mundo.
Entidades nacionais entendem da mesma forma. Especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisam a pandemia como intensa, com tendências imprevisíveis. Enquanto isso, governadores e prefeitos preferem falar, e promover, o relaxamento de medidas de proteção à população.
População desassistida
Muitas cidades e estados passaram a adotar o relaxamento no distanciamento social. O movimento começou, sobretudo, há duas semanas. Como o vírus tende a ficar até 15 dias assintomático no portador, os resultados começam a aparecer. A OMS chegou a reconhecer que a pandemia tinha diminuído seu ritmo no país, mas que a cautela deveria ser mantida.Sem a cautela devida, muitas cidades passam a ver explodir os números referentes ao novo coronavírus. A sinalização de um suposto controle fez com que os cidadãos deixassem em massa o isolamento social. Shoppings abertos com filas e praias lotadas resultam em uma retomada da pandemia.
Já no âmbito federal, a situação é ainda mais grave. O presidente, Jair Bolsonaro, desde o início da pandemia, ridicularizou o vírus. Chegou a chamar de “gripezinha” e apostou que a covid-19 mataria menos de 800 pessoas, número de vítimas da cepa viral da gripe H1N1.
Omissão
O resultado agora explode, com o presidente omisso, sem atitudes de proteção à população, após demitir dois ministros da Saúde. No momento, o país tem um ministro interino, um general especialista em logística, que nunca trabalhou na área médica.Ontem (24), o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um relatório que denuncia a falta de diretrizes do governo federal contra a pandemia. O documento mostra que as ações da cúpula bolsonarista estimula mortes, infecções e também desperdiça dinheiro público.
Assinado pelo ministro Vital do Rêgo, o relatório mostra a importância dos governadores para amenizar a ingerência federal. “Devido à inexistência de mecanismos para orientar e negociar com os entes federativos, setor privado e organismos não-governamentais poderão ocorrer atrasos no atendimento das demandas dos estados e municípios, adoção de ações desarticuladas e inadequadas no combate à pandemia e nas medidas de distanciamento social ou relaxamento resultando em aumento descontrolado no número de infectados e óbitos”, afirma.