Nova configuração do TSE, com a entrada do ministro Alexandre de Moraes no lugar de Rosa Weber e do ministro Barroso na presidência, virou o jogo, que estava 3 a 2 para arquivar o caso do hackeamento da página no Facebook Mulheres contra Bolsonaro, que virou Mulheres com Bolsonaro, durante as eleições.
A página tinha mais de dois milhões de seguidoras e o hackeamento foi saudado pela campanha de Bolsonaro como se fosse um grupo em favor de sua candidatura.
Com a nova formação, o jogo virou para 4 a 3 em favor de mais investigações sobre o caso:
Por 4 votos a 3, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, na sessão de julgamento desta terça-feira (30), que duas ações ajuizadas contra Jair Messias Bolsonaro e Hamilton Martins Mourão – então candidatos aos cargos de presidente e de vice-presidente da República nas Eleições Gerais de 2018 – retornem à fase de instrução para a produção de prova pericial. [TSE]
Com a abertura para nova investigação seria bom que o TSE seguisse um caminho que apontei aqui, em relação à polícia da Bahia:
Provada ligação com a campanha de Bolsonaro (a quem interessaria o hackeamento?), a chapa deve ser cassada. E ainda este ano para que haja eleição direta.
O caso é que o hackeamento tem sua parte virtual, de invasão de página e sua manipulação, mas seu primeiro e essencial passo tem que ser feito no mundo real.
A professora de Filosofia Maíra Motta era uma das administradoras do grupo original. Ela teve o chip de seu celular clonado e foi a partir dele que o hackeamento foi feito e o grupo invadido.
Segundo a operadora Oi, que era a do celular da professora, “para efetuar a troca de chip para resgate de linha telefônica móvel, o próprio assinante deve ir a uma loja da Oi, apresentar seu documento de identificação e preencher e assinar o termo de troca”.
A clonagem foi feita numa loja física da Oi em Vitória da Conquista. Para isso, uma mulher teria que se dirigir a uma das lojas da Oi em VC (vi na internet que são quatro por lá), se apresentar como Maíra Motta com um documento que confirmasse a informação, e assinar o termo. Pelo menos é o que garante a OI.
Só que até hoje, passados 20 meses do fato, a polícia da Bahia não andou com a investigação. Em qual das quatro lojas foi feita a compra do chip. Quem foi o vendedor. Quem foi a pessoa que se passou por Maíra Motta e levou o chip clonado. A loja deve ter imagens do circuito interno.O governador da Bahia, Rui Costa, que é petista, poderia auxiliar o trabalho do TSE e botar sua polícia para investigar o caso.
Provada ligação com a campanha de Bolsonaro (a quem interessaria o hackeamento?), a chapa deve ser cassada. E ainda este ano para que haja eleição direta.