TRF1 suspende nomeação de pastor missionário para proteção de índios isolados na Funai

O desembargador federal Souza Prudente, do TRF1, suspendeu a nomeação do pastor evangélico Ricardo Lopes Dias para o cargo de Coordenação-Geral de Proteção a Índios Isolados e de Recente Contato da Fundação Nacional do Índio (Funai), nesta quinta-feira, 21

Ricardo Lopes Dias (Foto: Acervo Funai/Mário Vilela)

247 - O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) suspendeu a nomeação do pastor evangélico Ricardo Lopes Dias para o cargo de Coordenação-Geral de Proteção a Índios Isolados e de Recente Contato da Fundação Nacional do Índio (Funai), nesta quinta-feira, 21. A decisão foi do desembargador federal Souza Prudente, após recurso do Ministério Público Federal (MPF). A Funai ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O pastor foi missionário durante quase dez anos. Ligado à Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) que atua na região amazônica para evangelizar os povos indígenas, o que é vedado pela legislação brasileira. Lopes Dias faz parte do projeto de Jair Bolsonaro de usar a Funai para atacar os próprios indígenas.

O desembargador que suspendeu a nomeação disse que houve “conflito de interesse”. "Os elementos carreados para os autos de origem e para o presente recurso sinalizam a estreita ligação do servidor nomeado para ocupá-lo com organização missionária, cuja missão é a evangelização dos povos indígenas, a revelar evidente conflito de interesses com a política indigenista do Estado Brasileiro", disse em seu despacho.

Brasil 247

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