Antonio Mello: Na mão do governador petista da Bahia a chave para a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão


Ontem, o TSE retomou o julgamento de duas ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão pelo hackeamento e uso por Bolsonaro da página no Facebook "Mulheres contra Bolsonaro".

A página foi hackeada na época das eleições entre os dias 14 e 15 de setembro de 2018 e seu título alterado para o oposto, "Mulheres com Bolsonaro".

A votação estava empatada em 3 a 3, quando o ministro Alexandre de Moraes, que entrou no TSE na terça da semana passada, pediu vistas para se inteirar melhor do processo, mas disse que daria seu voto o mais rapidamente possível.

O ministro Edson Facchin foi um dos três juízes que pediram mais investigações sobre o caso, que estava parado. Os demais juízes votaram contra, com a alegação de que aquele hackeamento não fora determinante para a vitória de Bolsonaro.

E onde entra o governador da Bahia aí?

O caso é que o hackeamento tem sua parte virtual, de invasão de página e sua manipulação, mas seu primeiro e essencial passo tem que ser feito no mundo real.

A professora de Filosofia Maíra Motta era uma das administradoras do grupo original. Ela teve o chip de seu celular clonado e foi a partir dele que o hackeamento foi feito e o grupo invadido.

Segundo a operadora Oi, que era a do celular da professora, “para efetuar a troca de chip para resgate de linha telefônica móvel, o próprio assinante deve ir a uma loja da Oi, apresentar seu documento de identificação e preencher e assinar o termo de troca”.

A clonagem foi feita numa loja física da Oi em Vitória da Conquista. Para isso, uma mulher teria que se dirigir a uma das lojas da Oi em VC (vi na internet que são quatro por lá), se apresentar como Maíra Motta com um documento que confirmasse a informação, e assinar o termo. Pelo menos é o que garante a OI.

Só que até hoje, passados 20 meses do fato, a polícia da Bahia não andou com a investigação. Em qual das quatro lojas foi feita a compra do chip. Quem foi o vendedor. Quem foi a pessoa que se passou por Maíra Motta e levou o chip clonado. A loja deve ter imagens do circuito interno.

Aí entra o governador da Bahia, o petista Rui Costa. Governador, bote sua polícia para fazer o trabalho dela. Cobre de seu secretário de Segurança por que isso não foi feito até agora.

Chegando-se à clonadora pode-se caminhar em direção ao mandante e facilitar a cassação da chapa.

Aliás, governador, aproveite para perguntar a seu secretário por que a polícia da Bahia assassinou o miliciano Adriano da Nóbrega, que estava cercado e sozinho numa casa, numa execução com toda a pinta de queima de arquivo. Em que pé estão as investigações sobre esse crime também.

Talvez até se descubra uma ligação entre os dois fatos.


Blog do Mello

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem