Paulo Marinho comprova que o Brasil está nas mãos de um facínora: Jair Bolsonaro

Ex-amigão do peito de Bolsonaro, Paulo Marinho revela que a Polícia Federal ajudou a acobertar os crimes da família presidencial

por Jornalistas Livres 
Por Ricardo Melo*

Paulo Marinho entrega os podres de Jair Bolsonaro: ex-melhores amigos

As revelações do “empresário” Paulo Marinho na “Folha de S.Paulo” deste domingo (17/5) só confirmam o que se suspeitava desde janeiro de 2019. Na cadeira de presidente do Brasil está sentado um facínora que manipula as instituições para acobertar os crimes de sua família.

Paulo Marinho não é qualquer um. Quem trafega pela política carioca conhece sua fama de trambiqueiro profissional. Como profissional do ofício, tornou-se homem de confiança da família Bolsonaro.

Cedeu sua própria casa para ser QG da campanha do “Mito”. Lá foram gravados os vídeos publicitários do candidato. Para quem não sabe, Paulo Marinho manteve por 12 anos uma união estável com a atriz Maitê Proença, e concordou em nunca registrar a união no papel. Motivo? Impedir que Proença deixasse de receber a pensão que o Governo do Estado de São Paulo lhe paga mensalmente por ser filha “solteira” do procurador de Justiça Eduardo Gallo, morto em 1989. O episódio esclarece um pouco o caráter das duas “personalidades”.

Esclarece também que a Polícia Federal está longe de ser uma “instituição” autônoma, independente e a “serviço do Estado”. Nada disso. O episódio comprova que a PF estava a serviço do Capitão que foi expulso do Exército ainda antes de sua eleição. A questão era só saber qual o serviço a fazer.

Só para lembrar: durante a campanha do impeachment, a repórter Julia Duailibi, à época no Estadão e hoje na Globonews, revelou trocas de mensagens entre agentes e delegados do órgão ofendendo Lula e Dilma com palavras de baixo calão e cobrando atitudes contra ambos. O Google está aí para provar. Basta clicar AQUI.

O fato é que o Brasil está à deriva diante de uma pandemia devastadora, tendo no “comando” um homicida patológico. “E daí?” E daí que os corpos vão sendo enterrados numa velocidade alucinante.

Chega a ser trágico o debate que se trava hoje no país. “Temos que pensar no pós-pandemia. Muitos vão morrer, o problema é achatar a curva”. Que diabos é isto? Como assim, muitos vão morrer? Não, não é isso, pelo menos para quem não pensa apenas em lucros e dividendos.

Para quem ainda tem algum sentimento humanitário, a questão é outra: como evitar as mortes dos que estão vivos? Que medidas tomar para impedir que os pobres sejam massacrados por uma pandemia importada por comitivas presidenciais, turistas de luxo, “gente cheirosa”. Como impedir que a Covid-19 extermine gente humilde que não tem como se defender?

Sobre isso, um silêncio ensurdecedor. Os números mostram que moradores dos bairros mais humildes e desassistidos são as principais vítimas do coronavírus. Os ricos, o 1%, sempre encontram um respirador à disposição nos hospitais privados. Chegam a fretar aviões no Norte-Nordeste para levar seus doentes para serem tratados no Einstein ou no Sírio-Libanês. O “resto”, a maioria, morre sufocada no desespero da falta de ar, em filas quilométricas.

É uma vergonha mundial assistir às imagens de multidões aglomeradas em busca de um “auxílio” de R$ 600,00, sujeitas ao contágio implacável de uma doença que não se sabe como curar. “Ah, mas eles poderiam usar a internet”. Cínicos. Primeiro, a internet só funciona quando o “sistema” está no ar. Ou seja, quase nunca. Depois, quantos brasileiros têm acesso ao sistema?

Qual a solução? Difícil saber, mas sempre haverá. Porém, é fácil saber qual não é.

Sob este governo, o povo está sendo conduzido ao abate. Bolsonaro e sua gangue estão determinados a sacrificar a vida de milhares de brasileiros em favor de sua quadrilha de milicianos, fardados ou não. Cada dia que este governo permanece no poder custa ao país de 800 a mil mortes. Sem contar a subnotificação. Faça as contas.


*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.


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