A casa tomada, por Dirce Waltrick do Amarante

A última, definitiva e verdadeira versão sobre o caso Wassef e Queiroz é a seguinte: Wassef sempre foi apaixonado por Julio Cortázar, ...


Antonio Seguí
Antonio Seguí

por Jornalistas Livres
Por Dirce Waltrick do Amarante*

A última, definitiva e verdadeira versão sobre o caso Wassef e Queiroz é a seguinte:

Wassef sempre foi apaixonado por Julio Cortázar, digo pela obra de Julio Cortázar, mais especificamente pelo conto “A casa tomada”, obra que leu na língua original, quando, de passagem por Buenos Aires rumo a Rosário, onde participaria da banca de defesa de doutorado de um grande amigo, o qual acabou sendo reprovado, comprou uma edição comentada do conto do mestre argentino em um dos muitos sebos da cidade.

Ficou obcecado pelo conto, que não resumirei aqui para não desvirtuar essa obra-prima.

Fato é que, de volta ao Brasil, uma noite, em sua casa em Atibaia, começou a ouvir barulho num dos cômodos e em absoluto delírio se imaginou na casa tomada do conto.

Wassef não teve dúvida, enlaçou com seu braço a cintura da mulher e saíram da casa, mas antes de abandoná-la, tal como fez a personagem de Cortázar, fechou bem a porta e jogou a chave no ralo da calçada.

O que o pobre causídico jamais poderia imaginar é que Queiroz acharia a chave e ele, sim, tomaria a sua casa.

*Onde está a Márcia?

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