PGR acusa deputados do PSL de usar verba oficial para divulgar ato antidemocrático

Bia Kicis (DF), General Girão (RN), Guiga Peixoto (SP) e Aline Sleutjes (PR) são citados pelo uso de cotas parlamentares na contratação de empresa Inclutech Tecnologia


Por Redação RBA

Arquivo Câmara
Bia Kicis: desembolso de R$ 6,4 mil da cota pela "criação e elaboração de peças em vídeo para publicação na web" Arquivo Câmara

São Paulo – Quatro deputados do PSL, o ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, foram acusados pelo vice-Procurador-Geral da República, Humberto Jacques, do uso de verbas parlamentares para divulgar os atos antidemocráticos de 3 de maio.  São eles: Bia Kicis (DF), General Girão (RN), Guiga Peixoto (SP) e Aline Sleutjes (PR).

Segundo reportagem de Gabriel Mascarenhas na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o procurador requisitou a quebra de sigilos bancários, fiscal e telemático dos congressistas aliados de Bolsonaro.

De acordo com Jacques, três dos quatro investigados contrataram a empresa Inclutech Tecnologia em abril, sob a rubrica divulgação de atividades, para “promover o respectivo apoiamento aos atos antidemocráticos”, informa o jornal.

Ainda segundo o documento da PGR, Kicis desembolsou R$ 6,4 mil da cota pela “criação e elaboração de peças em vídeo para publicação na web”. Guiga Peixoto, sustenta o procurador, gastou R$ 6,5 mil e Aline Sleutjes, R$ 10 mil em serviços semelhantes, mas com o mesmo objetivo.

Jacques afirma ainda que General Girão usou R$ 7,4 mil do cotão para contratar a empresa Lima Junior, conforme diz a investigação, também para bater bumbo pelos protestos.

Na petição, Jacques afirma que “como se pode verificar, no ecossistema de redes sociais e propagação de idéias de mobilização social e realização de manifestações ostensivas nas ruas, há participação de parlamentares tanto na expressão e formulação de mensagens, quanto na sua propagação e visibilidade, quanto no convívio e financiamento de profissionais na área”.

E conclui: “Na parte visível de toda essa organização há militantes, há políticos, há organização, há recursos financeiros. Há também direitos. Todavia, potencialmente pode haver abusos e crimes que precisam ser apurados a partir do esclarecimento do modo de funcionamento estruturado e economicamente rentável de uma escalada de organização e agrupamento com pretensões aparentes de execução de ações contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e provocação das Forças Armadas ao descumprimento de sua missão constitucional”.



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