Congresso precisa convocar ex-presidente do BB para explicar o que fez à frente da instituição, diz Mello Franco

Para o jornalista Bernardo Mello Franco, ao deixar a presidência do Banco do Brasil alegando que não se adaptou à “cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília”, Rubem Novaes deu uma "declaração típica de quem tem histórias a contar" e deve ser "convocado pelo Congresso antes de sair à francesa"


(Foto: Reprodução | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Bernardo Mello Franco e Rubem Novaes (Foto: Reprodução | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


247 - O jornalista Bernardo Mello Franco defende que o ex-presidente do Banco do Brasil seja convocado pelo Congresso para explicar sua atuação frente à instituição financeira. “Novaes é amigo de Paulo Guedes, com quem estudou em Chicago. A exemplo do ministro, tem a cabeça ultraliberal e a língua maior do que a boca. Na famosa reunião de 22 de abril, os dois fizeram um dueto de grosserias para defender a privatização do banco”, relembra Mello Franco.

O jornalista observa que na reunião ministerial de 22 de abril, “Novaes definiu os controles do Tribunal de Contas da União como uma “usina de terror”. “Se a gente faz alguma coisa, tá arriscado a ir pra cadeia”, disse. Faltou detalhar as coisas que ele pretendia fazer”.

“Bolsonarista de carteirinha, Novaes permitiu que o banco usasse dinheiro dos correntistas para financiar sites acusados de difundir fake news. Em junho, o TCU mandou fechar a torneira. Ele recorreu da decisão, alegando prejuízos financeiros. Prejuízos ao banco, não aos blogueiros governistas”, avalia.

Mello Franco observa, ainda, que “há três semanas, o BB vendeu, sem leilão, uma carteira de crédito de R$ 2,9 bilhões pela bagatela de R$ 371 milhões. O comprador foi o BTG, que teve Guedes entre os fundadores”. “

No sábado, o economista disse à CNN Brasil que não se adaptou à “cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília”. A declaração é típica de quem tem histórias a contar. Mais um motivo para que ele seja convocado pelo Congresso antes de sair à francesa”, finaliza.


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