Bolsonaro vai jogar quase 15 milhões na extrema pobreza

Novamente no mapa da fome

Segundo agência ligada a ONU, o Brasil deve fechar 2020 com mais 5,4 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, onde no total seriam 14,7 milhões, ou seja, 7% da população.

Foto: pleno.news

A crise capitalista potencializada pelo Coronavírus está colocando a cada dia mais e mais trabalhadores em situação de pobreza e fome. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, uma agência da ONU, a população mundial que realmente passa fome deve praticamente dobrar devido a crise, passando de 135 para 236 milhões de pessoas, sem contar os 821 milhões que estão em situação de insegurança alimentar. Os dados apresentados além de preocupantes demonstram como funciona a real política burguesa diante das crises que eles mesmos criam em seu modo de produção, onde o dinheiro do povo é usado para salvar as suas próprias peles enquanto colocam os trabalhadores em situação de pobreza, fome, desemprego e desigualdade, acentuando as contradições de classe.

Enquanto isso, no Brasil, além de todos os problemas decorrentes da crise econômica e de saúde pública, os trabalhadores precisam lidar com um governo golpista e genocida que só agrava a situação dos brasileiros. Um governo que entrega trilhões de reais nas mãos dos grandes bancos enquanto a população que realmente precisa sofre uma verdadeira humilhação por parte do Estado para conseguir seus míseros R$600 do auxílio emergencial, que, diga-se de passagem, deveriam ser apenas R$200 se dependessem apenas da política apresentada pelo ministro liberal Paulo Guedes. Em todo esse cenário caótico as estimativas não poderiam ser outras, segundo a agência, o Brasil deve fechar 2020 com mais 5,4 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, onde no total seriam 14,7 milhões de trabalhadores, ou seja, 7% da população brasileira. O Brasil, que por tantos anos fez parte do mapa da fome, como no governo de Fernando Henrique Cardoso, em que chegamos a ter a morte de 300 crianças por dia em decorrência da desnutrição, após sair deste terrível indicador, volta a ser ameaçado a entrar novamente neste vergonhoso quadro.

A realidade em que os brasileiros se encontram e deverão se encontrar nos próximos meses não é obra do acaso. Além do velho jogo burguês de atender apenas seus interesses o Brasil está diante de um dos governos mais desastrosos e despreparados da sua história, além de golpista. A situação brasileira é algo que atinge os trabalhadores na esfera econômica, social e política. O despreparo vem de todos os lados: o governo não consegue conter a perda de renda dos trabalhadores, e sua esmola não é o suficiente; não consegue conter a pandemia e nem garantir aos trabalhadores o serviço básico de saúde, onde não há testes, não há leitos, não há equipamentos, respiradores, e o colapso total do sistema público de saúde é uma realidade mais próxima a cada dia; não consegue nem mesmo conter os problemas dentro do próprio governo, com rotatividade de ministros (inclusive o ministro da saúde em meio à pandemia) além de problemas diplomáticos com outros países após declarações carregadas de preconceitos e falta de conhecimento científico. O Brasil está nas mãos de um bando de burgueses hipócritas, medíocres, conservadores e fundamentalistas, o combo perfeito para prejudicar ainda mais a classe trabalhadora.

Diante disso, é preciso agir. Os trabalhadores devem se unir e lutar pelo governo dos trabalhadores, o governo operário, através da organização popular, para a derrota definitiva do capitalismo e da estrutura burguesa que os colocam em completo abandono social gerando pobreza, desemprego, desigualdade e morte. É preciso a derrubada do governo genocida de Jair Bolsonaro e a retirada de todos os golpistas da extrema direita do poder, é uma questão de sobrevivência dos trabalhadores perante todas as crises que os mesmos estão colocados como bucha de canhão. Fora Bolsonaro e Fora todos os golpistas!

Diário Causa Operária

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