Com clã na defensiva, apoiadores de Bolsonaro entram em transe nas redes; vídeos

Reprodução de vídeo
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Ontem tivemos 1.124 mortes diárias pelo coronavírus. Alguma coisa está incorreta em sua conta, Osmar Terra. Novamente, o governo Bolsonaro mostra-se totalmente irresponsável aos efeitos da pandemia que assola o mundo. Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde

Como o presidente foi eleito com muita força, foram muito ideológicos, o pessoal de extrema-direita nas redes sociais, ele tende a ser mais comprometido com eles. E quando tem um conflito, ele acaba atacando mais na linha do que ele fazia antes. Só que, como presidente do Brasil, cada vez que ele vai para o enfrentamento, ele desorganiza e gera insegurança. Rodrigo Maia, presidente da Câmara

O Exército é instituição do Estado. Não participa das disputas de rotina. Democracia se faz com disputas civilizadas, equilíbrio de Poderes e aperfeiçoamento das instituições. O EB tem prestígio porque é exemplar, honrado e um dos pilares da democracia. General Santos Cruz, ex-ministro, afastado do governo por ação de Carlos Bolsonaro

TOMA LÁ, DÁ CÁ! Bolsonaro entregou ao centrão o comando da Funasa, fundação ligada ao Min. da Saúde e que tem orçamento de R$ 831 milhões. Quem assume é o coronel da PM de MG Giovanne Silva, que não entende nada do assunto. O presidente barganha com a vida dos brasileiros. Marcelo Freixo, deputado federal (Psol-RJ)



Da Redação Viomundo

Somos 57 milhões, disseram bolsonaristas hoje no Twitter, em referência aos votos com que Jair Bolsonaro foi eleito em 2018.

Mas… eram.

A curva se inverteu: agora 52% consideram que o presidente Jair Bolsonaro não tem capacidade para liderar o Brasil, de acordo com a pesquisa mais recente do Datafolha.

67% rejeitam a aproximação do governo com o Centrão, para tentar impedir o impeachment.

Entre abril de 2019 e maio de 2020, o número dos que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 30% para 43% — de acordo com a mesma pesquisa.

Bolsonaro mantém 33% de ótimo ou bom, mas foi eleito em 2018 com 55% dos votos.

A perda de apoio é acentuada entre os mais ricos e, no Brasil, mais poderosos — e capazes de mobilizar as ruas.

A desaprovação do STF caiu de 39% para 26% e, do Congresso, de 45% para 32% nos últimos seis meses — período em que o presidente Jair Bolsonaro estimulou seus seguidores a atacar as duas instituições — sempre segundo o Datafolha.

Há quatro dias, o Brasil registra mais de mil mortes por causa da pandemia de coronavírus, à qual o presidente da República se referiu como “histeria” ou “gripezinha”.

O País se aproxima rapidamente das 30 mil mortes, com recorde de casos por dia — e pessoas morrendo na fila da UTI, sem acesso a respiradores.

A reabertura gradual, com a economia em frangalhos, tem o potencial de provocar grandes manifestações contra o governo.

Isso em meio à ofensiva da Justiça contra as ameaças do bolsonarismo.

A delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais no STF, quer ouvir Jair Bolsonaro no inquérito que apura se ele interferiu indevidamente no comando da Polícia Federal.

Em parceria com a TV Globo, Sergio Moro fustiga o governo em mensagens nas redes sociais e entrevistas.

O procurador Frederick Lustosa de Melo, do Ministério Público Federal no Distrito Federal, vai decidir se toma medidas cautelares contra a bolsonarista Sara Winter, que ameaçou o ministro Alexandre de Moraes depois de ser alvo de busca e apreensão.

Ela foi a organizadora mais visível de um acampamento montado em Brasília para pressionar o Congresso e o STF.

Em vídeo, Sara disse: “Pena que ele [Alexandre de Moraes] mora em São Paulo porque se ele estivesse aqui eu já tava lá na porta da casa dele convidando ele pra trocar soco comigo. Juro por Deus, essa era a minha vontade, trocar soco com esse filha da puta desse arrombado. Infelizmente, eu não posso. Mas eu queria”.

Apesar de convocação feita por ela, apenas 9 apoiadores de Bolsonaro foram à casa de Alexandre de Moraes em São Paulo — e se retiraram antes da chegada da polícia (ver vídeo no topo).

A pedido do advogado Antonio Carlos Fernandes, do Ceará, o ministro Celso de Mello encaminhou ao procurador-geral da Justiça, Augusto Aras, notícia-crime contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por violação da Lei de Segurança Nacional — em live na internet, ele falou em “ruptura” institucional inevitável.

Já o TSE vai considerar o pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores para compartilhamento das informações apuradas pelo inquérito das fake news em andamento no STF às ações movidas no tribunal eleitoral que podem resultar na cassação da chapa de Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão.

Finalmente, de acordo com o diário conservador Estadão, o ministro Alexandre de Moraes já dispõe de informações que poderiam resultar em busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro, suspeito de ser o articulador da rede de fake news a serviço da Presidência da República.

Alvo de busca e apreensão em seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado estadual Douglas Garcia curiosamente foi a Brasília para um encontro fora da agenda com Jair Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro, no twitter, antecipou o mapa:

Nunca tiveram prova. Apenas narrativas. Revelações literalmente inventadas por 2 parlamentares e agora apoiadas por biografados. Forçam busca e apreensão ilegais para criarem os fatos e ganharem fôlego. Levam ao TSE. Então cassam a chapa. Será?

Os dois parlamentares aos quais ele se refere são Alexandre Frota e Joice Hasselmann, que depuseram à CPMI das Fake News no Congresso detalhando como funciona o chamado gabinete do ódio.

Joice foi recente alvo de ataques de Carlos Bolsonaro no twitter.

O vereador recuperou vídeos antigos da deputada eleita como aliada de Jair Bolsonaro.

Num deles, depois que o ministro Ricardo Lewandowski pediu ação policial contra um homem que o insultou em um vôo, ela disse:

O STF é uma vergonha, e eu vou dizer mais uma vez ministro. O STF é uma vergonha. Vai mandar me prender também, Lewandowski? Tô pagando pra ver. Vai mandar me prender também? Vai mandar me deter em algum canto, em algum aeroporto, na saída do avião. É uma brincadeira.

“Olha aqui filhote de corrupto, eu sempre fui crítica contumaz de Lewandowski. Sempre! E sempre criticarei quando ministros errados estiverem, assim como faço com seu pai, esse estelionato eleitoral”, respondeu Joice.

Carlos Bolsonaro chegou a reproduzir, sem comentários, um vídeo em que Joice é revistada por um homem armado com um fuzil, que toca nas nádegas da deputada.

A resposta da parlamentar foi sugerir que o filho do presidente da República é homossexual.







Viomundo

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